Poema Solto

Espalhar as palavras pelas praias
abrindo areias em canção.
Vem...tu  brisa suave, que  sussurra  os versos do coração.
Renovando as veias deste mar revolto,
tão  solto quanto a gaiola está.

O terço reza um  terno em duas  peças distintas,
famintas, as estrelas com as cinco pontas de seu olhar.

Outubro não tornou-se em abril
e Vênus prossegue navegando o perfume solitário do poema.

Lacrimoso o seu conceito a meu respeito,
e sinto muito o pouco que posso te revelar.
Mas as velas ascendem aos céus acesos
e coesos,
homens sem pejo mentem sem ver o que tem pra dar.

Mas sobrevive a Palavra Viva!
e mesmo desgastada ela revive um ressuscitar.
Sólto o poema solto pelas  areias,
e volta pra mim, muito mais leve com seu brilhar.


José Lúcio - Julho de 2013 - Na lua nova das tangerinas.

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